Muitas vezes utilizamos alguns ditados populares em nosso dia a dia, mas desconhecemos sua origem.
Quer saber como tudo começou?? Então divirta-se...
ERRO CRASSO – Licínio Crasso foi membro do primeiro triunvirato romano,
juntamente com Pompeu e Júlio César. Era um político medíocre,
ambicioso e interesseiro. Tomou a ofensiva na Síria contra os Partos,
mas foi derrotado por um erro grosseiro de estratégia militar, que lhe
custou a vida. Confiante na superioridade numérica de seu exército, e
disposto a estraçalhar logo o inimigo, decidiu ganhar tempo cortando
caminho por um vale estreito. Os sírios então fecharam as duas únicas
saídas e o exército romano foi massacrado, incluindo ele próprio. Foi a
decisão mais estúpida da história militar. Daí o significado da
expressão.
ADVOGADO DO DIABO - Essa expressão teve origem
na Igreja Católica. Quando um processo de santificação tem inicio, o
Vaticano escolhe um de seus membros para investigar se os milagres
atribuídos ao candidato são de fato verdadeiros. Essa pessoa passou a
ser chamada, então, de advogado do diabo, pois iria trabalhar para
comprovar algumas irregularidades e inverdades contra o candidato a
santo.
DA COR DE BURRO QUANDO FOGE – O ditado original era
“corra de burro quando (ele) foge”, que era um aviso de perigo próximo e
iminente.
AGORA É QUE A PORCA TORCE O RABO – Significa que se
chegou a um ponto máximo da problemática de algum processo, seja qual
for. É o momento mais difícil, mais crucial de um problema, O berço da
expressão vem do comportamento instintivo dos suínos. Quando em
estresse, na defesa de suas crias, eles enrolam ou torcem o rabo como
sinal de sua fúria e partem para cima do agressor.
BATER NA
MADEIRA – Historicamente, a árvore a ser tocada era o carvalho, venerado
por sua força, altura imponente e poderes sobrenaturais. O culto surgiu
há cerca de 4 mil anos entre os gregos e depois entre algumas tribos
indígenas da América. Eles observaram que o carvalho era freqüentemente
atingido por raios e pressupuseram que a árvore fosse a moradia do
deus-céu (índios) e deus dos relâmpagos (gregos). E acreditavam que
qualquer pensamento ou palavra de mau-agouro poderia ser neutralizada
batendo-se na base do carvalho, pois a pessoa estaria se contatando com o
deus e pedindo ajuda. Atualmente dá-se uma pequena batida em qualquer
madeira para afastar um pensamento ou presságio ruim.
DE CABO A
RABO - Significado: Total conhecedor. Conhecer algo do começo ao fim.
Histórico: Durante o período das grandes navegações portuguesas, era
comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de
"cabo a rabah", ou seja, como de fato conhecer todo o continente
africano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah no Marrocos
(rota de circulação total da África com destino às Índias).
DE
MEIA-TIGELA - Na linguagem popular, é coisa de pouco valor. A origem da
expressão nos leva aos tempos da monarquia portuguesa. Nela, as pessoas
que prestavam serviço à Corte – camareiros, pajens, criados em geral –
obedeciam a uma hierarquia, com obrigações maiores ou menores,
dependendo do posto de cada um. Alimentavam-se no próprio local de
trabalho e recebiam quantidade de comida proporcional à importância do
serviço prestado. Assim, alguns comiam em tigela inteira, outros em
meia-tigela, critério definido pelo Livro da Cozinha del Rey e
rigorosamente observado pelo funcionário do palácio, que supervisionava
as iguarias que chegavam à mesa real – na verdade, o grande fiscal da
comilança palaciana. Hoje, essa prática deixou de existir, mas ficou o
sentido figurado da expressão, que continua designando coisas ou pessoas
irrelevantes no seu meio social.
MARIA VAI COM AS OUTRAS – D.
Maria I, mãe de D. João VI, foi considerada incapaz de governar, sendo
afastada em 1792, acometida por controversos males mentais. Passou a
viver recoilhida e era vista apenas quando saía para passear a pé.
Devido a seu estado, jamais ia só. Sempre era acompanhada por algumas
damas de companhia. O povo, quando a via assim, levada pelas damas,
comentava: “lá vai D. Maria com as outras”. Atualmente, a expressão é
dada para aquelas pessoas sem determinação, que não têm opinião própria,
concordando sempre com o que os outros dizem ou fazem.